O diretor de Esquadrão Suicida encontra redenção em sua parceria com Statham enquanto aguarda pacientemente que seu corte do filme da DC seja lançado
Para David Ayer, 2024 e 2025 estão se revelando anos de renovação. Após enfrentar altos e baixos desde seu controverso Esquadrão Suicida de 2016, o diretor parece ter encontrado sua redenção através de uma nova e promissora parceria com Jason Statham. O duo, que já havia conquistado público e crítica com The Beekeeper (arrecadando impressionantes $160 milhões contra um orçamento de apenas $40 milhões), retorna agora com A Working Man, adaptação do livro Levon’s Trade de Chuck Dixon.
De projeto abandonado a potencial franquia
O que poucos sabem é que esta adaptação quase nunca aconteceu. Sylvester Stallone tentou, sem sucesso, transformar o material em uma série de televisão em 2018 através de sua produtora Balboa Productions. O projeto ficou engavetado por anos até que Statham e Ayer entraram em cena.
“O roteiro inicial foi escrito por Stallone, e ele realmente quebrou a história com sucesso em uma bela estrutura de três atos”, revelou Ayer. “Para mim, foi sobre adicionar muito da camada familiar e do calor dela e realocá-la para Chicago.”
O resultado foi uma transformação do material original em algo que reflete a linguagem cinematográfica única de Ayer, enquanto mantém o espírito da obra literária de Dixon. Com 12 livros publicados na série Levon Cade, o potencial para uma franquia é evidente.
Reuniões significativas
A Working Man marca várias reuniões importantes na carreira de Ayer. Michael Peña, que trabalhou com o diretor em End of Watch e Fury, retorna como o chefe de Levon cuja filha é sequestrada. David Harbour, também veterano de End of Watch (onde seu personagem levou uma facada no olho), aparece como um ex-fuzileiro cego das forças especiais.
“O que as pessoas podem não saber sobre Mike é o quão técnico e inteligente ele é como ator”, elogia Ayer. “Ele poderia dar uma aula magistral sobre qualquer personagem que ele interpreta e por que ele está interpretando do jeito que está.”
O futuro promissor
Enquanto A Working Man marca um novo capítulo em sua carreira, Ayer já tem os olhos no próximo projeto: Heart of the Beast, que o reunirá com Brad Pitt, estrela de seu aclamado Fury (2014).
“Eu peguei um dos melhores roteiros que já li, e pensei, ‘Eu tenho que dirigir isso'”, conta entusiasmado. “Eu também não conseguia imaginar ninguém além de Brad para fazer isso. Ele foi o primeiro e único ator que procuramos.”
O filme, que narra os esforços de sobrevivência de um ex-soldado e seu cão de guerra após um acidente de avião no Alasca, promete ser “uma grande experiência cinematográfica tradicional e um filme realmente maravilhoso para a Paramount.”
A paciente espera pelo corte de Esquadrão Suicida
Mesmo com todos esses projetos em andamento, Ayer ainda mantém esperança de que seu corte original de Esquadrão Suicida venha à luz algum dia. Diferentemente do que muitos pensam, seu corte nunca foi realmente testado com o público.
“Muitos dos principais elementos foram vetados logo no começo”, revela. “O bake-off foi então minha versão do corte deles e a versão deles do corte deles. Minha versão venceu principalmente, mas ainda assim não era o filme que eu fiz.”
O diretor compreende a hesitação da DC Studios em revisitar o passado enquanto tenta estabelecer uma nova direção sob a liderança de James Gunn. “Talvez com tempo suficiente, seja visto como algo mais nostálgico. Mas só pelo bem de todos que trabalharam em [Esquadrão Suicida de 2016], realmente merece ser visto.”
Enquanto isso, Ayer continua fazendo o que faz de melhor: contar histórias viscerais sobre personagens complexos enfrentando circunstâncias extraordinárias — e, desta vez, com o apoio tanto do público quanto da crítica.
A Working Man está agora em cartaz nos cinemas através da Amazon MGM Studios.